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7.

Terapia ABA

      O termo ABA, uma abreviação de "Applied Behavior Analysis", traduzido como Análise do Comportamento Aplicada, refere-se à parte prática da ciência do comportamento. Essa abordagem envolve tanto a pesquisa quanto a aplicação de tecnologias para solucionar problemas humanos. Um campo em que essas tecnologias têm demonstrado uma eficácia significativa é o tratamento de pessoas com Desenvolvimento Atípico, especialmente aquelas diagnosticadas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA - CID F.84.0).

​       As intervenções visam o desenvolvimento simultâneo de habilidades em diversas áreas, como habilidades sociais, cognitivas, linguísticas e resolução de problemas comportamentais, redução de comportamentos agressivos ou problemáticos.

     É o uso científico dos princípios da abordagem comportamental para desenvolver, manter e aumentar comportamentos desejados e diminuir comportamentos indesejados. Envolvendo uma série de diferentes estratégias, que podem ser utilizadas em variadas situações para modificar ou ensinar novos comportamentos (Anderson, 2007, p. 10).

     A terapia comportamental baseada em ABA tem se mostrado benéfica tanto para os clínicos quanto para os indivíduos em tratamento, pois envolve a observação e análise das condutas verbais e não verbais não apenas no ambiente clínico, mas também em casa e na escola. Isso permite reunir dados relevantes que abrangem todo o contexto do tratamento (WINDHOLZ, 2002).

     O método ABA tem como objetivo estudar a influência do ambiente e analisar as possíveis hipóteses e interferências desse ambiente no comportamento da criança autista. Além disso, busca compreender os procedimentos comportamentais e as interações constantes, visando a conquista de mudanças significativas (WINDHOLZ, 2002).

      Essa abordagem terapêutica oferece aos clínicos e profissionais envolvidos no tratamento do autismo uma perspectiva mais abrangente e embasada cientificamente para compreender e intervir no comportamento das crianças autistas. Ao utilizar técnicas de análise comportamental, é possível obter informações valiosas que contribuem para um tratamento mais eficaz e direcionado às necessidades individuais de cada criança (WINDHOLZ, 2002).

   Nesse sentido, o método ABA tem como propósito ensinar intencionalmente indivíduos com autismo a substituir comportamentos inadequados por comportamentos mais apropriados.

     Conforme apontado por Lear (2004), essa mudança de paradigma comportamental requer uma análise e investigação da origem do comportamento problemático, seguida pelos objetivos de intervenção da metodologia, que incluem trabalhar nas áreas de déficits, reduzir comportamentos indesejados, desenvolver habilidades e promover a interação social.

       Dessa forma, o método ABA busca proporcionar um ambiente de aprendizagem estruturado e individualizado, onde o autista possa adquirir habilidades necessárias para uma vida mais autônoma e satisfatória, substituindo comportamentos desfavoráveis por comportamentos mais apropriados e funcionais.

      O foco está em promover mudanças significativas no comportamento, visando o bem-estar e o desenvolvimento positivo da pessoa com autismo. No entanto, é importante ressaltar que o processo de avaliação comportamental desempenha um papel crucial na identificação e compreensão dos aspectos relacionados à criança autista e sua interação com o ambiente. Através dessa avaliação, busca-se compreender o repertório de comunicação da criança, sua relação com o ambiente, a função dos seus comportamentos, as razões pelas quais ocorrem ou não, e as consequências desses comportamentos (LEAR, 2004).

      Dessa forma, a avaliação comportamental no contexto da metodologia ABA tem como objetivo principal obter informações diferenciadas sobre as habilidades, necessidades e desafios específicos da criança autista. Isso permite que os profissionais possam desenvolver um plano de intervenção individualizado e adequado às necessidades da criança. Ao compreender melhor o funcionamento do comportamento da criança, é possível direcionar as estratégias de intervenção de forma mais efetiva.

     O processo de avaliação comportamental no ABA ajuda a identificar os pontos fortes da criança, áreas que precisam ser desenvolvidas e comportamentais. Nesse contexto, a fim de obter uma compreensão mais aprofundada do progresso desse procedimento executado no ABA, é imprescindível ter conhecimento de que: um programa de ABA frequentemente começa em casa, quando a criança é muito pequena. A intervenção precoce é importante, mas esse tipo de técnica também pode beneficiar crianças maiores e adultos.

      A metodologia, técnicas e currículo do programa também podem ser aplicados na escola. A sessão de ABA normalmente é individual, em situação de um para um, e a maioria das intervenções precoces seguem uma agenda de ensino em período integral, algo entre 30 à 40 horas semanais (Lear, 2004, p. 11).

      É possível afirmar que essa abordagem do ABA tem o potencial de melhorar a qualidade de vida tanto da criança com autismo quanto de toda a família, pois promove o desenvolvimento cognitivo e educacional, oferecendo um processo integrado e 15 significativo para a criança, levando em consideração suas necessidades individuais (LEAR, 2004).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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